terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Greve na Bahia

Segundo o governo do Estado da Bahia, Santana faz parte da lista dos 12 mandados de prisão emitidos pelo Ministério Público Estadual à Justiça. Os grevistas citados são acusados por formação de quadrilha e roubo de patrimônio público – neste caso, de viaturas. Os policiais também devem passar por um processo administrativo na própria corporação. De acordo com a assessoria de imprensa do governo, na madrugada de domingo (5), o soldado Alvin dos Santos Silva, que integra a Coppa (Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental), foi preso pelo comandante do departamento, major Nilton Machado, e levado para a Polícia do Exército. Reunião Após sete horas de negociação, a reunião entre o governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner, e os líderes do movimento grevista da Polícia Militar terminou, por volta das 17h20 desta terça-feira (7), sem negociação. De acordo com o departamento de comunicação da corporação, não há data para uma nova tentativa de acordo. De acordo com a assessoria de imprensa do governador, Wagner se reuniu às 10h desta terça-feira com representantes da Polícia Militarpara apresentar propostas, como aumento de 6,5% de salário, mais uma gratificação por trabalho policial gradativo até 2014. O governo ainda informou que não tem condições de assumir estes aumentos imediatamente. Confira também "Tropa de elite" da PF chega a Salvador Governo recupera viaturas Líderes grevistas são procurados Violência segue na periferia A assessoria ainda disse que a questão da anistia aos profissionais que aderiram à greve é o grande impasse nas negociações, já que nenhum dos lados quer ceder. Porém, as negociações com as associações de policiais militares estão avançando e, por isso, há a expectativa do fim da greve. Houve uma negociação na segunda-feira (6), que durou mais de dez horas, porém sem acordo. Os militares ainda acampam na Assembleia Legislativa. Pelo menos dois líderes grevistas que tiveram a prisão decretada estão dentro do prédio e a Polícia Federal disse que vai cumprir os mandados. Nesta manhã, o efetivo de militares na área aumentou para 1.038 homens. Segundo o tenente-coronel Cunha, o aumento ocorreu para que os funcionários possam transitar livremente na região. Ele também garantiu que todos os que quiserem deixar o prédio terão caminho livre. No sétimo dia de greve, o número de mortos no Estado causado pela violência já passou de cem, segundo o boletim divulgado pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado. Só na segunda, foram registrados quatro homicídios. Os números são contabilizados desde o início da greve da Polícia Militar, no dia 1º de fevereiro. O recorde de homicídios ocorreu no dia 3, quando foram registradas 32 mortes no Estado.

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