quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Jornalismo perde um grande Âncora

SÃO PAULO - O corpo do jornalista Joelmir Beting, que faleceu na madrugada desta quinta-feira, 29, é velado até às 14 horas no Cemitério do Morumbi, em São Paulo. Às 16 horas, será cremado, em cerimônia restrita à família. Mauro Beting homenagea pai em carta Acervo: Beting criou conceito no jornalismo e no futebol Algumas autoridades, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foram ao local prestar homenagem ao jornalista. Em nota, o governador afirmou que Beting "pensava e traduzia a economia para todos os brasileiros com facilidade, mostrava o impacto de medidas complexas de maneira simples e direta na vida das pessoas". A prefeitura soltou uma nota à imprensa, assinada pelo prefeito Gilberto Kassab, na qual afirmou que "Joelmir Beting foi um dos grandes responsáveis pelas transformações positivas do jornalismo brasileiro nas últimas décadas". A nota lembrou que seu estilo, considerado didático, traduziu a economia para os leigos, marca também de sua cobertura na política.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Reunião da Executiva do PPA em Pernambuco

atualizado em 26/11/2012 por João Ernesto Hoje será realizada reunião do PPA em Pernambuco na cidade do Jaboatão dos guararapes, local na sede da associação dos moradores em frenta a escola luis lua gonzaga às 20:00 hs na reunião será nomeados através de resolução os cargos do PPA estadual, regional, e municipal...

Tragédia infinita

Com metralhadora, motoqueiros ferem 11 em festa; filho morre ao lado do pai Pelo menos 14 pessoas foram mortas a tiros e outras 21 foram baleadas em um intervalo de apenas nove horas, entre 19h de anteontem e 4h de ontem, na região metropolitana de São Paulo. Foi o primeiro fim de semana depois que o promotor público Fernando Grella Vieira assumiu a chefia da Secretaria de Estado da Segurança Pública, após a escalada da violência derrubar o também promotor Antonio Ferreira Pinto. Entre os casos, há três ocorrências relatadas como resistência à prisão e cinco casos de ataques de homens encapuzados - dois resultaram em chacinas, com mais de três mortes. O caso mais sangrento foi uma chacina durante uma festa de aniversário no Jardim Rochdale, em Osasco. Ao todo 11 pessoas, de uma comemoração com cerca de 40 convidados, foram baleadas por quatro homens - que chegaram em uma moto e um carro e usaram metralhadoras e uma espingarda 12. Quatro pessoas morreram, incluindo pai e filho, de 31 e 5 anos, respectivamente. Eram irmão e sobrinho do dono da festa. Segundo testemunhas, que pediram para não ter o nome publicado por medo, os convidados estavam comendo bolos e salgadinhos quando homens com toucas ninjas e coturnos chegaram e pararam na frente do salão, entre as Ruas Manaus e Fortaleza. Sem falar nada, deram dois tiros com espingarda calibre 12. A atendente de pizzaria Luciana Costa e Silva, de 25 anos, recebeu um dos disparos na cabeça e morreu na hora. Em seguida, caminharam até a porta do salão e atiraram contra os convidados com submetralhadoras 9 milímetros, atingindo mais 10 pessoas. "O salão era grande, e tinha muita gente no fundo. Senão, teria morrido muito mais gente", disse uma testemunha. Após o corre-corre dos convidados, vizinhos do salão e os sobreviventes tentaram socorrer os feridos. Ele foram levados até o Pronto Socorro do Rochdale e ao Hospital Municipal Central de Osasco. Revolta. Ontem, durante o velório de Luciana, familiares evitaram falar com a imprensa e, sem dar detalhes, acusaram policiais como autores da chacina. "Bandido, quando vai acertar contas, mata quem deve. Não entra em aniversário para matar todo mundo, mulher e criança", disse um dos presentes. Eles destacaram o fato de os assassinos estarem calçando coturnos. Luciana tinha um filho recém-nascido e outro de 5 anos. Ela já respondeu processo por receptação e estava sem trabalhar, cuidando dos filhos. A criança morta, Daniel do Nascimento, estava com o pai, o ajudante Eliezer Francisco Nascimento, que já teve registro na polícia por roubo. O outro morto foi o também ajudante Carlos Hebert Nunes dos Santos, de 28 anos, com registro na polícia por porte ilegal de armas. Os feridos têm idades que variam entre 12 e 29 anos. Um deles é filho dos proprietários do salão onde ocorria a festa e outro, o aniversariante. Dois dos baleados também têm passagem pela polícia. Até o começo da noite de ontem, dois dos feridos ainda corriam risco de morrer. Na semana passada, o delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro de Lima, que deixa o cargo hoje (mais informações na página C5), afirmou que pelo menos uma das vítimas recentes de ataques teve a ficha criminal checada por PMs antes de ser assassinada. Segundo informou a Polícia Civil, o caso deverá ser investigado pelo setor de homicídios da Delegacia Seccional de Osasco. Preliminarmente, ontem, a polícia informou não ter nenhuma informação sobre os autores da chacina. A rua onde ocorreu o caso não tem nenhuma câmera de segurança.

Secretaria de Segurança Pública anuncia novos chefes das polícias em São Paulo

Atualizado: 26/11/2012 10:46 | Por Felipe Tau, estadao.com.br SÃO PAULO - Os novos chefes das polícias Civil e Militar do Estado de São Paulo foram anunciados na manhã desta segunda-feira, 26, pela Secretaria de Segurança Pública, quatro dias depois de o ex-procurador-geral de Justiça Fernando Grella assumir a pasta. O Comando Geral da PM ficará com o coronel Benedito Roberto Meira, atual chefe da Casa Militar do Governo, e o cargo de delegado-geral da Polícia Civil será ocupado por Luiz Maurício Souza Blazeck. A Superintendência de Polícia técnico-científica continua com o perito criminal Celso Perioli, na função desde 1998. Os nomes dos dois novos responsáveis pelas polícias serão publicados no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira, 27. Eles substituem o coronel Roberval Ferreira França, ex-comandante da PM, e o delegado Marcos Carneiro Lima, ex-delegado geral. A troca na cúpula da segurança pública ocorre em meio a um onda de violência no Estado, com alta no assassinato de PMs e na execuções de civis. A capital paulista registrou elevação de 114,6% nos homicídios em outubro, na comparação com o mesmo mês do ano passado - foram 82 casos no mês em 2011, contra 176 no mesmo período em 2012. Ao menos 94 policias militares morreram no Estado até domingo, parte deles alvos de ações do Primeiro Comando da Capital (PCC). PERFIS Benedito Roberto Meira. O novo comandante da PM tem 50 anos de idade e 31de corporação. Paulistano, é coronel desde 2010 e tem formação em Direito. Já atuou em diversas unidades da Polícia Militar, algumas delas na região de Bauru, onde foi coordenador operacional do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária e comandante do 4º Batalhão de Policiamento do Interior. Na capital, foi comandante do Policiamento de Área Metropolitano Quatro (responsável pela zona leste). Assumiu o atual cargo de secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Defesa Civil em 6 de abril de 2012. Luiz Maurício Blazeck. Formado em Direito pela Faculdade de Direito de Sorocaba e pós-graduado em Gestão de Segurança Pública, o novo delegado-geral tem 49 anos de idade e 26 de Polícia Civil. Natural de Sorocaba, começou a carreira como delegado no Guarujá, litoral de São Paulo, onde ficou até 1995. Entre 2002 e 2005, assumiu a Delegacia Seccional de Sorocaba. Entre 2007 e 2008, atuou no Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), onde se tornou divisionário dos setores de Assistência Policial e Administração. Em 2009, foi delegado divisionário no Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (DEIC) e assistente no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No mesmo ano, foi diretor do Departamento de Administração da Polícia Civil (DAP). Desde 2011, atuava como delegado divisionário na Academia de Polícia Civil.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Defesa de Valério apresenta novo memorial ao STF para tentar reduzir pena

Por Ana Flor BRASÍLIA, 6 Nov (Reuters) - A defesa do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 40 anos de prisão na ação penal do chamado mensalão, encaminhou ao Supremo um novo memorial pedindo que a Corte reconheça continuidade delitiva, o que poderia diminuir a pena em até 40 por cento. O documento protocolado pelo advogado Marcelo Leonardo na segunda-feira à tarde, ao qual a Reuters teve acesso, deve ser analisado já na retomada do julgamento pelos ministros nesta quarta-feira. Valério, considerado o principal operador do esquema de compra de apoio parlamentar no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, evasão de divisas, corrupção ativa e peculato. O advogado de Valério pede o reconhecimento de crime continuado em relação às cinco condenações contra a administração pública: três corrupções ativas e dois peculatos, por serem crimes da mesma espécie. Cita como precedente decisões dos ministros em outras ações nas quais os integrantes "têm dado sua contribuição para a jurisprudência quanto ao conceito de crime continuado". "No caso da AP 470 (ação penal), o STF reconheceu a existência de liame entre os vários crimes da mesma espécie, praticados nas mesmas circunstâncias de tempo, lugar e maneira de execução", escreveu ele no memorial. Nos casos em que se reconhece continuidade delitiva, há uma única aplicação de pena mais grave com o aumento de dois terços para os demais crimes. Se fosse aceito no caso de Marcos Valério, os 40 anos poderiam cair para 24 anos, de acordo com fontes do STF ouvidas pela Reuters. Os ministros do STF já reconheceram que haverá a análise da continuidade delitiva ao final da dosimetria dos réus. Na segunda-feira, o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, afirmou que os "ajustes finais" na dosimetria, que terão base técnica, podem acabar por reduzir a pena de Valério. Antes do recesso de cerca de 10 dias no julgamento, os ministros tiveram dificuldade em concordar com o estabelecimento das penas de Valério e de seu sócio, Ramon Hollerbach. Além de terminar a dosimetria de Hollerbach e de outros 23 condenados, os ministros sinalizaram que poderão revisar a pena dada a Valério. O STF também vai decidir, quando retomar o julgamento, sobre pedido cautelar da Procuradoria-Geral da República para que o STF determine a entrega voluntária dos passaportes dos 25 réus condenados. Além de Valério, foram condenados deputados, ex-deputados, assessores parlamentares do PT e aliados, e o núcleo político do PT à época: o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares.