sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Pânico na Band' perde processo contra Silvio Santos; ainda cabe recurso

O tiro do "Pânico na Band" saiu pela culatra. O processo que o apresentador Silvio Santos movia contra a Rede Bandeirantes, mais especificamente o programa "Pânico na Band", foi julgado e a sentença deu ganho de causa para o Patrão. Os problemas entre as partes se agravaram quando os integrantes da atração, no programa de estreia da temporada 2013, no último domingo (17), se vestiram de Silvio. Ao site do Tribunal de Justiça de São Paulo o desembargador e relator do processo, Vito Guglielmi, reafirmou que os integrantes do "Pânico" devem manter uma distância de no mínimo 100 metros de Silvio Santos. "Abstendo-se ainda da sua perseguição, do cerco e do constrangimento à participação em seus programas", disse. E continuou: "Além do impedimento da captação, utilização e exibição de suas imagens e características pessoais, inclusive por meio de imitações e caricaturas, principalmente no que envolva a sua exploração não autorizada, sob pena de multa diária de cem mil reais", contou o desembargador. A Band já tem acumulada uma multa de R$ 200 mil, aplicada no início do ano. Para explicar a nota restritiva, o desembargador entende que Silvio Santos já tem a liberdade cerceada por ser uma das pessoas mais famosas do país. "A emissora observa que, como uma das pessoas mais conhecidas da televisão brasileira, o apresentador tem naturalmente sua esfera de privacidade reduzida". Vale lembrar que esta semana, Silvio Santos foi incluído no topo da lista de celebridades brasileiras com mais de um bilhão de dólares na conta. Quanto à prévia censura, o desembargador foi direto. "Lembre-se que a liberdade de imprensa garantida na Constituição Federal é aquela da imprensa jornalística, informativa, investigativa, comprometida com a verdade de fatos social e politicamente relevantes. Aqui se trata da imprensa meramente jocosa, humorística, que daquela guarda distância, ainda que mereça igual respeito". A assessoria do SBT, canal de Silvio Santos, que responde pelo apresentador, enviou uma nota comemorando o ganho de causa e afirmando que a Band, conhecendo o processo, assumiu o risco de ser multado em R$ 100 mil por caracterizar os humoristas de Silvio Santos. "Com esta decisão está mantida a proibição que foi imposta à TV Bandeirantes, estando reconhecida a ilegalidade da utilização e exploração das imagens na exibição do último programa 'Pânico na Band', devendo a emissora responder com a multa de R$ 100 mil cada vez que violar a decisão judicial", informa o comunicado. Já a emissora dos Saad diz que "até o momento a Band não se pronuncia sobre o caso". Um fonte do Purepeople garante que da decisão ainda cabe recurso e a emissora irá se valer deste direito.

Gil Rugai é condenado pela morte do pai e da madrasta

Acusado de matar o pai e a madrasta a tiros no dia 28 de março de 2004, Gil Rugai foi condenado na tarde desta sexta-feira, 22, pelo crime de duplo homicídio por motivo torpe. A decisão foi proferida pelo juiz às 16h30 no Fórum da Barra Funda, na zona oeste da cidade, depois de cinco dias de julgamento. Dos sete jurados, 4 condenaram Gil Rugai e 1 o absolveu. Quando foi alcançada a maioria, o promotor deixou o tribunal chorando: "vencemos em tudo". Entenda o caso. Em sua denúncia, o Ministério Público de São Paulo afirma que o estudante de Teologia que sonhava em ser padre matou o casal por dinheiro. Os assassinatos aconteceram na mansão onde as vítimas viviam, em Perdizes, na zona oeste da cidade. Luiz Carlos Rugai, então com 40 anos,foi atingido por quatro tiros e Alessandra de Fátima Troitino, então com 33 anos, por cinco. A acusação sustentou durante o julgamento que o motivo do crime foi a descoberta, por Luiz Carlos, de um desfalque de R$ 150 mil na produtora de vídeo da família, a Referência. Gil seria o responsável e, com medo da represália, teria premeditado o duplo homicídio. Único suspeito do crime, ele foi preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém, na zona leste da capital,depois que provas periciais e o testemunho de um vigia noturno da rua onde o pai morava com a mulher indicaram a sua presença no local do crime. Deixou o presídio em 18 de abril de 2006 e hoje, com 29 anos, leva uma vida pacata ao lado da avó materna em uma casa no bairro de Perdizes. Não trabalha nem estuda formalmente. Julgamento.Durante o julgamento, os advogados de Gil, Thiago Anastácio e Marcelo Feller, procuraram desqualificar os laudos periciais e as testemunhas de acusação que colocavam o réu como culpado. Tentaram também, até esta sexta-feira, eliminar qualquer possível motivação para que Gil possa ter cometido os assassinatos. No primeiro dia de audiência, a dupla de defesa apontou um problema na animação produzida pelo Instituto de Criminalística (IC) para comprovar que a marca de pé encontrada em uma porta arrombada na casa das vítimas era de Gil. O vídeo mostra o pé errado: enquanto na porta havia a marca de um pé direito, a simulação traz a de um pé esquerdo. Os advogados também questionaram a credibilidade de uma importante testemunha de acusação, o instrutor de voo de Luiz Carlos Rugai na época do crime.A testemunha afirmou que Luiz Carlos ouviu uma confissão de Gil Rugai admitindo ter roubado a empresa da família. Para rebater o testemunho, os defensores argumentaram que o instrutor tem ligações com narcotráfico e que sua versão não seria confiável. Desfecho. Nesta sexta-feira, 22, o promotor do caso, Rogério Leão Zagallo, traçou em suas explanação final um perfil de Gil Rugai, considerando-o "hora psicopata, hora tranquilo". Apresentou depoimentos de pessoas que afirmam ter visto com ele uma arma, reafirmou a existência de um desfalque cometido por ele na produtora da família e disse que o roubo teria sido descoberto pelo pai de Gil e pela madrasta. Apontou ainda para a "coincidência", nas suas palavras, da arma do crime ter sido encontrada no prédio onde Gil mantinha escritório, nos Jardins. Em tom enérgico, Zagallo tentou desmontar o álibi apresentado por Gil, de que estava no Shopping Frei Caneca, na região central da cidade,quando o crime ocorreu. Para Zagallo, outra característica do processo é determinante para concluir a culpa do réu: em nove anos, as investigações não chegaram a nenhum outro suspeito. A defesa, por sua vez, tentou, em seus 90 minutos de explanação, desconstruir a imagem de "mostro" que, segundo os advogados, foi atribuída ao réu em todo o processo. Ao se referir ao cliente, usaram termos como "padreco", "moleque", "esquisito" e "estranho". Os defensores afirmaram que Gil é apenas um menino que perdeu o pai e a madrasta. Eles gastaram boa parte do tempo da argumentação tentando derrubar a tese do horário do crime. Uma xerox com uma suposta conta telefônica de um dos vizinhos da vítima foi apresentada. Neste documento, cuja autenticidade não pode ser comprovada, já que se trata de apenas de uma parte da cobrança, um vizinho teria telefonado para o vigia da rua onde o assassinato ocorreu por volta das 22h, logo após ouvir os disparos. Outro registro telefônico mostrado pela defesa, do telefone fixo do escritório de Gil, a 4,5 km da casa do pai, mostra que ele ligou às 22h14 do local para uma amiga: não poderia, portanto, segundo os defensores, estar na cena do crime.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Cientistas identificam possibilidade de haver planeta semelhante à Terra | Agência Brasil

Renata Giraldi* Repórter da Agência Brasil Brasília - A astrônoma Courtney Dressing, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, disse que há um planeta com condições semelhantes às da Terra há 13 anos-luz de distância. A conclusão faz parte de um estudo divulgado hoje (7) e mostra que há possibilidade de haver 'outra Terra' no sistema solar. Até então, os cientistas acreditavam que os planetas potencialmente habitáveis poderiam estar a distância entre 300 e 600 anos-luz. 'Pensávamos que teríamos de procurar distâncias vastas para encontrar um planeta como a Terra. Agora percebemos que outra Terra está provavelmente no nosso próprio quintal', disse a pesquisadora. Os cálculos foram feitos utilizando o telescópio norte-americano Kepler, partindo da premissa de que as estrelas denominadas gigantes vermelhas (red dwarves, em inglês) podem ter planetas habitáveis em suas órbitas, uma vez que são estrelas comuns, menores e menos quentes do que o Sol. A partir da análise de 75 bilhões de gigantes vermelhas existentes na galáxia, os autores do estudo chegaram à estimativa de que cerca de 6% dessas estrelas devem ter um planeta semelhante à Terra e que o mais próximo pode estar a apenas 13 anos-luz de distância. 'Essa taxa implica que vai ser significativamente mais fácil do que pensávamos antes procurar vida na área do sistema solar', disse o co-utor da pesquisa, David Charbonneau. *Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa. Edição: Graça Adjuto Agência Brasil - Todos os direitos reservados.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

FBI desmantela megaesquema de fraude com cartões de crédito

A polícia federal americana desmantelou uma quadrilha que teria roubado mais de US$ 200 milhões usando cartões de crédito falsos, no que está sendo visto como um dos maiores esquemas de fraude da história dos Estados Unidos. Ao todo, 18 pessoas foram presas e acusadas pela fraude, que teria envolvido milhares de identidades e empresas falsas, dados falsos para agências de avaliação de risco e até procedimentos em outros países. Um agente do FBI informou que os acusados faziam parte deum sofisticado sistema baseado no Estado americano de Nova Jersey, mas com atuação também em outros 28 Estados. Segundo os investigadores, o esquema foi iniciado em 2007. Os fraudadores usavam avaliações de crédito de 7 mil portadores de cartões de créditos, todos falsos, para conseguir empréstimos de grande porte - que nunca foram reembolsados. 'Os acusados criaram uma 'cafeteria virtual'...cujos principais itens do cardápio eram cobiça e enganação', afirmou David Velazquez, agente especial comandante do escritório do FBI em Newark, na terça-feira. Falsificações Mais de 25 mil contas de cartão de crédito foram abertas usando registros falsos e uma rede de 1.800 endereços de correspondência. O esquema também estabeleceu pelo menos 80 empresas falsas e comprou máquinas de pagamentos de cartão de crédito. Eles passavam os cartões e ficavam com o dinheiro. O prejuízo confirmado, de US$ 200 milhões, pode ser ainda maior, devido ao tamanho do esquema. 'Este tipo de fraude aumenta os custos dos negócios para cada consumidor americano, todos os dias', afirmou o promotor americano Paul Fishman. 'Com a ganância e arrogância, os indivíduos presos hoje e seus conspiradores teriam prejudicado não apenas as companhias de cartão de crédito, mas todos que precisam lidar com taxas de juros e outras taxas cada vez maiores por causa do dinheiro tirado do sistema por criminosos em esquemas fraudulentos como este.' Os envolvidos também teriam enviado milhões de dólares para o Paquistão, Índia, Emirados Árabes Unidos, Canadá, Romênia, China e Japão. Milhões foram gastos na compra de ouro, tratamentos em spas, artigos eletrônicos e carros de luxo. Em uma das operações de busca do FBI, os agentes encontraram US$ 78 mil escondidos em um forno. Entre os detidos, 14 compareceram a uma audiência na terça-feira, oito foram liberados, e seis continuam detidos, aguardando uma nova audiência na sexta-feira. Se forem considerados culpados, poderão ser condenados a até 30 anos de prisão e ao pagamento de uma multa de US$ 1 milhão. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.