quinta-feira, 11 de abril de 2013

EUA acreditam que Kim Jong-un procura se mostrar forte para consolidar poder

Washington, 11 abr (EFE).- O diretor nacional de inteligência dos Estados Unidos, James Clapper, considerou nesta quinta-feira que com suas ameaças o líder norte-coreano, Kim Jong-un, trata de 'consolidar' seu poder e demonstrar que tem um 'controle firme' sobre Coreia do Norte. Clapper, que compareceu perante o comitê de Inteligência da Câmara de Representantes (Deputados), considerou que a 'retórica beligerante' usada por Kim é destinada fundamentalmente a um público interno, mas também à comunidade internacional, já que busca um 'reconhecimento do mundo' e, concretamente, dos EUA. Segundo Clapper explicou, Kim, que chegou ao poder após a morte de seu pai Kim Jong-il em dezembro de 2011, quer demonstrar que a Coreia do Norte pode competir como potência nuclear. 'Isso lhe dá direito à negociação e, provavelmente, a (receber) ajudas', afirmou. A inteligência segue de perto a evolução de Kim, já que ele não ficou tempo suficiente no Governo para saber se agirá como seu pai ou como seu avô, o fundador da Coreia do Norte Kim Il-sung, mas considerou que seu objetivo provavelmente 'não será outro além de provar sua posição'. Clapper analisou, junto com o diretor da CIA, John Brennan; o diretor do FBI, Robert Müller; e o diretor da Agência de Inteligência de Defesa, o tenente-general Michael Flynn, as ameaças globais enfrentadas pelos EUA. Os ciberataques se transformaram 'na maior ameaça que provém agora dos estados-nação hostis a nós', assinalou o diretor do FBI. Os analistas assinalaram que China e Rússia estão entre os países com mais capacidade para lançar um ataque cibernético, embora tenham considerado que é 'pouco provável' que cometam um ataque devastador que cause uma crise nos EUA. Em matéria de terrorismo assinalaram que a possibilidade de Al Qaeda realizar um ataque em massa coordenado contra os EUA é menor. Os analistas apontam que os líderes islamitas foram os principais beneficiados da abertura política no Egito, Tunísia e Marrocos após a Primavera Árabe. As armas de destruição em massa e a proliferação nuclear continuam sendo outra 'ameaça persistente' para os EUA, proveniente de países como Coreia do Norte e Irã, que, segundo indicaram, continua desenvolvendo a técnica necessária para fabricar uma arma nuclear. Os EUA e seus aliados também vigiam a situação da Síria e os arsenais e as armas químicas que podem causar mortes 'maciças' em um conflito no qual 70 mil pessoas já perderam a vida. Após dois anos de conflito Clapper assegurou que o regime de Bashar al Assad 'tem os dias contados' e que sua queda 'não acabará com a crise'. Por outro lado, advertiu-se que a África está se transformando em um 'caldo de cultivo' para terroristas, recomendando-se 'ter cuidado de manter as ameaças em perspectiva e não tomar ações que poderiam transformar uma luta regional interna em movimentos contra o Ocidente'. Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados

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